O São Paulo atravessa um momento bastante turbulento em sua história. Depois de colecionar vices em 2022, quando terminou o ano perdendo o Paulistão e a Copa Sul-Americana, o Tricolor do Morumbi passou por uma grande reformulação de elenco e chegaram vários jogadores com o aval de Rogério Ceni, que atualmente é o terceiro técnico mais longevo da Série A, atrás de Abel Ferreira e Vojvoda.
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No entanto, apesar de muitas peças do agrado do comandante terem chegado, o São Paulo não vem conseguindo apresentar um futebol agradável, muito por conta do alto número de lesões. Além disso, a eliminação precoce no Paulistão e outros maus resultados estão aumentando a pressão em cima do ídolo, que está na chamada "corda bamba". Entretanto, a vitória sobre o Puerto Cabello (VEN) nesta terça-feira (18) parece ter aliviado um pouco as coisas. Dito isso, relembre os aproveitamentos dos técnicos anteriores a Rogério:
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Dorival Júnior - 51,6% de aproveitamento
Foto: Ale Cabral/AGIF - Dorival livrou o SPFC da queda em 2017.
Em 2017, justamente após a primeira experiência de Rogério Ceni no comando técnico do Tricolor do Morumbi, Dorival Júnior foi contratado para evitar que o time caísse. Na época, após realizar um bom segundo turno, Dorival conseguiu tirar o time da parte baixa da tabela e cumpriu a missão. No entanto, não resistiu a um mau começo em 2018 e acabou demitido. Ao todo, foram 17 vitórias, 11 empates e 12 derrotas.
Diego Aguirre - 55,8% de aproveitamento
Foto: Marcello Zambrana/AGIF - Aguirre tinha pouca variação de jogo no comando.
Depois da saída de Dorival, a aposta da diretoria do Tricolor foi a contratação do uruguaio Diego Aguirre, que já havia trabalho no Internacional e no Atlético-MG. Depois de um bom início, onde chegou até a liderar o Brasileirão, resolveram demiti-lo faltando somente cinco rodadas. Mesmo assim, ele teve um bom aproveitamento, com 19 vitórias, 15 empates e nove derrotas.
André Jardine - 40,3% de aproveitamento
Foto: Daniel Vorley/AGIF - Queda para o Talleres foi a primeira na história do SPFC na fase preliminar da Libertadores.
Com a demissão de Aguirre, o então presidente Leco resolveu apostar em André Jardine para o comando, técnico que havia sido vice-campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior no início do ano. No entanto, o jovem comandante não conseguiu realizar um grande trabalho e foi eliminado para o Talleres (ARG) na pré-Libertadores. Foi o técnico com pior aproveitamento nos últimos anos, com sete vitórias, dois empates e nove derrotas.
Cuca - 47,7% de aproveitamento
Foto: Marcello Zambrana/AGIF - Cuca fez um trabalho ruim no retorno ao SPFC.
Com a saída de Jardine, o São Paulo apostou no retorno de Cuca, técnico que havia tido uma boa passagem pelo Clube lá em 2004, perdendo a semifinal da Libertadores. Entretanto, a segunda passagem passou longe de ser positiva, tanto que ele dirigiu o time somente em 26 partidas, com nove vitórias, dez empates e sete derrotas, mas sequer chegou ao fim do Brasileirão.
Fernando Diniz - 54,9% de aproveitamento
Foto: Fernando Alves/AGIF - Trabalho de Diniz sucumbiu na reta final.
Na sequência, Fernando Diniz foi contratado e recebeu a primeira chance da carreira em um grande de São Paulo. Logo de cara, ele conseguiu classificar o time diretamente para a fase de grupos da Libertadores, mas precisou passar por todo o período da pandemia de Covid-19 atuando sem torcida. No Brasileirão de 2020, chegou a liderar por um bom tempo, mas acabou perdendo o gás no fim e foi demitido no início de 2021. Ao todo, foram 34 vitórias, 20 empates e 20 derrotas.
Hernán Crespo - 57,2% de aproveitamento
Foto: Rafael Vieira/AGIF - Crespo atualmente está no futebol do Catar.
Chegando ao fim, o treinador que antecedeu Rogério foi o argentino Hernán Crespo, único que conseguiu levantar um troféu. Depois de um bom início e da conquista do Paulistão de 2021, o trabalho estagnou durante o Brasileirão e o mau desempenho resultou na demissão do ex-atacante. Em números, seu aproveitamento foi o melhor, com 24 vitórias, 19 empates e dez derrotas.
Você manteria Rogério Ceni no comando?
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Rogério Ceni - 55,03% de aproveitamento
Jonathan Calleri: "Rogério Ceni merece essa vitória. Quero dedicar pra ele. É um ídolo do clube e muito trabalhador."
Por fim, depois de uma excelente passagem pelo Fortaleza e de um título do Brasileirão comandando o Flamengo, Rogério Ceni retornou para evitar com que o time caísse em 2021. Contudo, só conseguiu cumprir a missão na penúltima rodada e, como já comentamos acima, acabou não conquistando nenhuma taça em 2022. No geral, são 106 jogos nessa segunda passagem, com 49 vitórias, 28 empates e 29 derrotas.