Nesta semana, o Corinthians anunciou o retorno do atacante Jô. Revelado no terrão do Parque São Jorge e com passagem marcante pelo clube na temporada 2017 com o protagonismo nos títulos do Campeonato Paulista e Brasileiro, o jogador é um excelente reforço para o elenco. Apesar disso, o técnico Tiago Nunes não terá o seu problema resolvido. 

Jô é excelente, mas não resolve o problema de Tiago Nunes
Jô é excelente, mas não resolve o problema de Tiago Nunes

Experiente, matador e identificado com a Fiel, Jô reúne todas as características esperadas para o posto de centroavante do Corinthians. Pessoalmente, gosto mais do estilo do recém-contratado ao doargentino Mauro Boselli, que vinha fazendo um bom início de temporada até a paralisação do futebol. A briga deve ser boa por ali, mas esse texto não é sobre eles. Gostaria de lembrar da necessidade de outro tipo de atacante. 

Desde sua chegada, Tiago Nunes batia na tecla do tal camisa 11, aquele jogador de lado de campo. A diretoria ofereceu uma fortuna para Michael, que optou por jogar no Flamengo. O hoje palmeirense Rony também foi procurado, mas o negócio não saiu e o clube ainda ficou com fama de ter levado um chapéu do rival. Alex Teixeira e o velho conhecido da Fiel, Romarinho, também foram consultados, mas sem sucesso. No fim, foi o colombiano Yony González, ex-Benfica e Fluminense, a assinar contrato. 

Quem acompanha de perto o Corinthians de Tiago Nunes sabe que há alguns bons problemas a serem consertados. O principal deles é a dificuldade do setor ofensivo na criação das jogadas. Atualmente, o elenco conta com o jovem Janderson, o ainda instável Everaldo e, claro, González como pontas e principais opções de desafogo para Luan. Tática e tecnicamente, é muito pouco para uma equipe que se propõe a apresentar um futebol moderno e ofensivo. 

 

Enquanto o elenco não tiver alguém capaz de suprir as necessidades do treinador, os bons centroavantes não resolverão os problemas sozinhos. O grupo do Corinthians tem nomes de peso como Cássio, Fagner, Gil, Victor Cantillo e Luan, além do próprio Tiago Nunes. Contudo, para tentar bater de frente com seus principais rivais e sonhar com algo no curto prazo, a diretoria precisa tirar leite de pedra - visto a calamidade financeira vivida pelo clube - e achar um ponta. Só Jô não basta.