Lutando pelas seis primeiras colocações do Campeonato Brasileiro, o Fluminense parece ter sentido a saída de Odair Hellmann do comando técnico. Antes, o Tricolor se mostrava uma equipe mais sólida e, agora com Marcão, muitas adversidades aparecem e goleada da última partida preocupa.

Presidente tricolor bancou o técnico.LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.
Presidente tricolor bancou o técnico.LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

Diante do Corinthians, o time fez um jogo abaixo e acabou sendo goleado por 5 a 0. Com a inconstância no Brasileirão, a pressão em cima do trabalho de Marcão é grande e muitos comentários rondam a torcida tricolor nas redes sociais.

No entanto, o presidente da Time de Guerreiros, Mário Bittencourt, bancou a permanência do comandante. Em entrevista nessa sexta-feira (15), o CT Carlos Castilho, o dirigente pontuou que a constante troca de profissionais não faz parte do seu planejamento e fez questão de respaldar a atual comissão técnica.

"Nosso planejamento para temporada de 2020 era a permanência do treinador que contratou em janeiro. Infelizmente quando fizemos o planejamento não imaginávamos que teria uma pandemia, e o Brasileiro terminasse quase em março de 2021. Além de tudo, quando caminhávamos para buscar uma renovação com Odair, ele recebeu uma proposta do Mundo Árabe em termos de número irrecusável, isso fez com que a gente perdesse nosso treinador já no finalzinho do ano. A opção pela comissão técnica permanente é um projeto nosso que em 2019 assumiu depois da passagem de dois treinadores. Eu não tenho filosofia de tirar os treinadores, acho importante isso. Acreditava no trabalho do Odair e queria que ficasse para 2021. Como isso não aconteceu, usamos o mesmo método que usamos em 2019", iniciou.

"Estávamos em 16º ou 17º, com aproveitamento baixíssimo. Fizemos essa opção na luta contra o rebaixamento, e a comissão permanente entregou um resultado de 56%. Ela venceu três dos primeiros quatro jogos, depois ficamos cinco rodadas sem vencer, até retomarmos o caminho das vitórias, classificarmos para a Sul-Americana e escaparmos do rebaixamento (...) Se a gente tiver 50%, 51% até o final da competição, teremos um aproveitamento parecido e certamente conseguiremos alcançar a vaga na Libertadores ou na Pré-Libertadores", completou.

Em outro ponto, o presidente voltou a dizer que possui convicção na sua escolha: "A gente planeja, aposta, pode dar certo ou pode dar errado. Mas foi com convicção e segue com convicção. Curiosamente nesse período do primeiro turno também tivemos algumas dificuldades. Na nossa conta interna, estamos devendo três pontos da campanha que fizemos no turno. E ainda com Odair começamos o returno pior que o turno. A gente olha o campeonato pelo nosso índice de aproveitamento, pela tabela que tem e pelo que fez no turno e pode fazer no returno", finalizou.