Neste último mês, os diretores do Botafogo se movimentaram na procura por um novo técnico no mercado. Lazaroni, demitido há algumas semanas, não chegou a completar um mês no cargo de treinador. Ele assumiu a equipe no início de outubro, logo depois da saída de Paulo Autuori, hoje no Athletico. Desde então, foram seis jogos, duas vitórias, dois empates e duas derrotas. Ele deixou o clube junto do auxiliar Fábio Lefundes e do preparador físico Felippe Capella.

Foto: Vítor Silva/Botafogo
Foto: Vítor Silva/Botafogo

Ramon Menezes, Alexandre Gallo e Dudamel foram só alguns dos nomes sondados nos bastidores do Glorioso. Ramón Díaz, ex-River Plate, foi o escolhido pela diretoria. O novo comandante assinou até o fim de 2021. O experiente argentino virou a bola da vez depois das tratativas frustradas com o venezuelano César Farías, que não foi liberado pela Seleção Boliviana. Bruno Lazaroni concedeu entrevista ao jornal O Dia e falou sobre sua passagem no Fogão. 

“Eu vejo com muita naturalidade a minha saída. Eu penso que as duas partes têm que estar satisfeitos. Claro que eu tenho a minha avaliação do trabalho como um todo. Estava com um aproveitamento de 53% no Brasileiro. Talvez, depois de uma partida ruim, o clube entendeu que deveria ser interrompido a sequência de trabalho. Se o clube entendeu que com esse aproveitamento no Brasileiro, mas por ter perdido o primeiro jogo da CDB e optou pela minha saída.

 A entrevista do treinador foi feita antes do anúncio da demissão de Ramón Díaz. A diretoria do Glorioso decidiu que o clube não tem mais tempo para esperar o técnico, que passou por uma cirurgia e tem alta prevista somente para o dia 7 de dezembro. Emiliano Díaz, Osmar Ferreyra, Jorge Pidal, Damián Paz e Juan Nicolás Rommannazi também deixam o clube. O novo será Eduardo Barroca, que acumulou títulos na base e trabalhou no time principal em 2019

Não é querer me gabar, mas é confiando no meu trabalho, na minha metodologia, na forma de gerir os atletas, na forma de gerir a comissão técnica, o Botafogo não estaria nessa condição atual. Pelo o que conheço do clube, pelo o que conheço do grupo, dos atletas, mas repito: o clube tem todo o direito de tomar as decisões que achar necessária. Mas agora é página virada, desejo muita sorte porque os jogadores não merecem essa situação”.