O técnico Renato Portaluppi está próximo de fechar quatro anos no comando do Grêmio. Desde 2016 na casamata, o ex-jogador foi o responsável por reconduzir o clube ao caminho dos títulos, encerrando a fila de 15 anos sem taças e vencendo, na sequência, a Copa do Brasil, Copa Libertadores da América e Recopa Sul-Americana, além de títulos estaduais. Uma das principais marcas foi o trabalho com jovens da base.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação
Foto: Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação

No entanto, não foram todos novatos que tiveram sucesso rápido com o técnico. Um exemplo é Patrick, um dos pupilos de Renato e que ainda busca seu espaço no elenco principal. Na temporada de 2018, o jovem acabou emprestado para disputar a Série B no Criciúma após levar um 'corretivo' do comandante. "O puxão de orelha dele é fundamental. Como subi com 17 para 18 anos, fiquei deslumbrado com aquilo. Achava que demoraria para acontecer. Tinha coisas que eu não gostava de fazer, que não achava legal. Mas aquela minha postura estava me prejudicando", abriu o jogo, entrevista ao site GaúchaZH.

2018 no Criciúma: meia foi emprestado após "puxão de orelha" de Renato (Foto: Fernando Ribeiro/www.criciuma.com.br/Divulgação)

2018 no Criciúma: meia foi emprestado após "puxão de orelha" de Renato (Foto: Fernando Ribeiro/www.criciuma.com.br/Divulgação)

"Acabei tomando esse puxão de orelha e fui emprestado para ver o que eu queria mesmo. O pessoal aqui falava para mim que era para eu decidir se queria ser um jogador de alto nível ou não. E eu quero ser jogador de time grande e, se Deus quiser, um dia ir para a Europa. Aquilo serviu bastante para mim. Voltei na equipe de transição, fui bem em uma excursão em Portugal e o Renato me deu oportunidade de novo. Tenho certeza que me desenvolvi um pouco, meu comportamento melhorou e, por isso, ganhei mais oportunidades. Tenho procurado escutar os mais velhos", adicionou.

Em ação contra o Pelotas: jovem corre para encontrar espaço no Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação)

Em ação contra o Pelotas: jovem corre para encontrar espaço no Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação)

Com a camisa da equipe principal, Patrick costuma ser opção pelo meio do campo, mas topa atuar aberto, função que já fez na base, para ter espaço. "É uma posição que gosto, jogando pelo lado. Subi para o profissional como meia centralizado, mas tenho boas características para jogar pelo lado. Estou desenvolvendo mais a marcação, porque isso depende de força e eu sou mais franzino. Mas estou fortalecendo, até porque gosto de jogar ali. Pelo Brasileirão do ano passado, entrava normalmente do lado. São duas posições que gosto e tenho de estar preparado para jogar", avaliou.

Aos 21 anos, o meia se inspira em Everton "Cebolinha" e reconhece más atuações, ainda sem conseguir cair no gosto da torcida. "Cito muito o exemplo do Everton. Ele passou quatro anos no profissional até ser titular e ser o Everton de hoje. Sempre que temos oportunidades, precisamos aproveitar. Temos de estar bem preparados porque, como diz o Renato, uma hora a camisa chega. Pode ser que em uma competição a gente não esteja jogando, mas na outra podemos sair jogando e temos de aproveitar", projetou.

"Tive algumas oportunidades nesse início de ano e confesso que umas não me agradaram, pelo meu desempenho mesmo. Mas estou trabalhando a cada dia mais forte. Sei que sou jovem ainda, mas tenho de continuar na mesma batida para evoluir e ter mais oportunidades para ajudar a equipe do Grêmio. Acho que poderia ter ido melhor neste início de ano, fazendo uma autoavaliação. Poderia ter mostrado mais, trabalhei para isso. Mas a gente sabe que pode ter oportunidade a qualquer dia. Espero que, nas próximas, eu possa sair melhor", completou o camisa 30.