Após a boa campanha no Campeonato Brasileiro 2019 que rendeu uma vaga na Sul-Americana 2020, o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, abriu o jogo em entrevista para o jornal O Povo, falando sobre a renovação do treinador Rogério Ceni e a valorização do futebol nordestino.

Marcelo Paz fala sobre Rogério Ceni e futebol nordestino
Marcelo Paz fala sobre Rogério Ceni e futebol nordestino

O mandatário também aproveitou para ressaltar sua expectativa para a disputa da Copa Sul-Americana 2020, além do planejamento para o elenco do próximo ano. Perguntado sobre o quanto pretende ser a folha salarial do clube, o presidente informou que pretende trabalhar com algo entorno de três milhões de reais. 

 

 

Na entrevista, Marcelo foi questionado se a decisão de Rogério Ceni em ficar no Fortaleza passa uma espécie de mensagem aos treinadores que só visam a trabalhar no eixo do país, e com isso, disse: "O futebol nordestino está mostrando a sua grandeza e pode bater de frentes com grandes do país. Dentro de campo e fora dele. Antes da renovação do Ceni conosco, teve o Diego Cerri (dirigente) que recusou o Palmeiras e ficou no Bahia. Há algo por aqui que está valendo a pena. Às vezes, parte de nós mesmo. Dei entrevista a semana inteira, e quem me perguntava só falava sobre uma eventual saída dele. Acho que primeiro nós temos que nos valorizar, o clube, a imprensa, o ambiente todo tem que entender o que é possível. Com as saídas é natural também. Agora, sem dúvidas, o futebol tem uma força que não tinha antes. A permanência de Ceni tem a ver com isso. Ele escolheu continuar um projeto que perdura por cerca de três anos", ponderou. 

O mandatário ainda aproveitou para comentar sobre os fatores que determinaram o treinador a ficar no clube nordestino: "As pessoas muitas vezes gostam apenas de causas únicas. E acredito que a permanência de Ceni é multifatorial. A história construída no clube, a torcida. Claramente ele tem um carinho especial. A cidade de Fortaleza que ele aprendeu a gostar, fez amigos, se sente bem, gosta do clima, do calor, da praia, as pessoas do clube, a continuidade do projeto. O elenco de jogadores, em que boa parte continua e está adaptada ao modelo de jogo que ele estabeleceu. A flexibilidade do clube de adequar ao que ele entende como ideal. A proposta financeira também teve peso. Não foi só por gostar do clube, ele é profissional. Foi uma série de fatores e pesou muito o emocional. Há coisas aqui que ele não tem em outro canto. A soma disso tudo contribuiu", comentou.