Junto com o Flamengo, o Palmeiras é um dos times com a saúde financeira controlada. Se o Mengão recebe a maior verba da televisão entre os clubes brasileiros e tem arrecadado muito dinheiro de bilheteria devido ao show que sua equipe tem dado em campo, o Verdão conta com a Crefisa, que desembolsa mais de R$ 100 milhões por ano, disparado o maior patrocínio do país. Por este motivo, o Alviverde consegue manter as contas em dia e sempre brigar com o rival carioca pelos melhores jogadores do mercado.

Lucas Lima e Carlos Eduardo "prejudicam" Palmeiras em dívida com Crefisa
Lucas Lima e Carlos Eduardo "prejudicam" Palmeiras em dívida com Crefisa

 

No entanto, nos bastidores, a situação não é tão confortável assim. Em 2017, quando a empresa ajudava o Palmeiras a contratar jogadores "doando" atletas ao clube, a Receita Federal multou Leila Pereira e exigiu que todas as contratações fossem caraterizadas como empréstimo, o que acabou gerando um juízo para o maior Campeão do Brasil. De R$ 142,6 milhões ao final de 2018, a dívida do Palmeiras com a patrocinadora do pelo pagamento de jogadores passou a ser de R$ 172,1 milhões no ano passado. O aumento se explica não somente por juros do período, mas também por novos aportes da parceira. A apuração é da equipe de reportagem do Globoesporte.com, que cobre o dia a dia do clube.


Em janeiro do ano passado, a pedido do técnico Felipão e com o aval de Alexandre Mattos, membros da diretoria alviverde recorreram à empresa para poder adquirir os direitos econômicos do atacante Carlos Eduardo (atualmente emprestado ao Athletico), do Pyramids, do Egito. Do total de R$ 25.186.000 acertados pela contratação a prazo, foram quitados R$ 16.840.00 em 2019. Em janeiro, Anderson Barros, novo diretor-executivo do clube, emprestou o atacante ao Athletico-PR para ver se consegue uma venda futura nos próximos anos.

 

Segundo o Palestra, no ano passado também foram emprestados da Crefisa cerca de R$ 4 milhões. O valor não está especificamente discriminado no balanço financeiro divulgado na semana passada, mas sim dentro das despesas ainda para custos da contratação do meia Lucas Lima, que já estava livre do Santos quando chegou ao clube, em janeiro de 2018.

 

 

Mesmo com toda essa dívida, o clube não teme que isso gere um prejuízo ao clube. Isso porque Maurício Galliote acredita que muitos bons jogadores do elenco, inclusive comprados com a ajuda da patrocinadora, serão vendidos por um valor significativo para que o clube quite todas suas dívidas. Além desse fator, o Verdão poderá pagar a patrocinadora dois anos depois de uma possível venda.