A paralisação do futebol brasileiro por causa da pandemia do Coronavírus certamente vai causar sequelas graves no calendário por aqui. A maioria dos clubes deu férias coletivas aos jogadores e comissão técnica até o dia 20 de abril e a tendência é que as competições só retornem em maio. Com isso, cresce a incerteza sobre qual a fórmula dos torneios por disputar em 2020 e também se algum evento irá ser cancelado por falta de datas. 

Mudanças radicais de calendário podem causar "desmanche" no Grêmio
Mudanças radicais de calendário podem causar "desmanche" no Grêmio

Nos bastidores, circula uma informação de que o Campeonato Brasileiro poderia ser prorrogado até o primeiro semestre de 2021, terminando por volta do mês de março. Oficialmente a CBF ainda não divulgou nenhuma medida oficial sobre data e fórmula (nova ou não) das competições, porém nessa hipótese, com uma competição por terminar somente na próxima temporada - se mantida a disputa por pontos corridos em 38 rodadas -, muitas equipes podem ser prejudicadas. O Grêmio que o diga, segundo informou o repórter Matheus D'Avila, da rádio Bandeirantes, de Porto Alegre.  

São 7 jogadores no atual elenco de Renato Portaluppi com vínculo até dezembro e que poderiam sair na reta final do Brasileirão. Casos dos titulares Diego Souza e Caio Henrique, além de Thiago Neves, Paulo Miranda, Orejuela, Júlio César e Marcelo Oliveira, que ainda não voltou após cirurgia no joelho. O caso mais emblemático é de Caio, cedido por empréstimo pelo Atletico de Madrid (ESP).

Preferido de Renato para a ala esquerda, o camisa 19 está emprestado por uma temporada e, dificilmente, os Conclhoneros se sujeitariam a emprestar Caio por menos de seis meses em 2021. Ou mesmo poderiam cobrar um valor alto para nova operação, sendo até uma compra do atleta em definitivo. 

No caso dos outros seis jogadores, não seria diferente. Romildo Bolzan teria uma baita dor de cabeça para readequar todos os vínculos, já que geralmente, no futebol, os clubes assinam um acordo de uma temporada ou, no mínimo, seis meses de contrato. A excepcionalidade por conta do surto da Covid-19 pode, sem dúvida, causar problemas a todos os clubes do país. No caso específico do Grêmio, pode quebrar parte da espinha dorsal de Renato.