A difícil situação do Cruzeiro transparece as falhas administrativas que causaram o déficit financeiro no clube. Coisas feitas em busca de conquistas importantes, mas que não foram executadas com responsabilidade. Em 2019, a Raposa obteve uma folha salarial na casa dos R$ 10 milhões. Além disso, uma dívida que passa dos R$ 700 milhões. Pela primeira vez na história a Raposa sentirá na pele o fantasma da Série B. 

Matías Almeyda, ex-River, fala sobre reestruturação do Cruzeiro
Matías Almeyda, ex-River, fala sobre reestruturação do Cruzeiro

Rivais importantes no cenário futebolístico da América Latina também enfrentam momentos obscuros. É o caso do River Plate, que, em 2011, caiu para a Primeira B - como se chama a segunda divisão do Campeonato Argentino. Os Milionários também não conheciam o outro lado da moeda. Matías Almeyda quem o diga. O ex-técnico da equipe foi o responsável por reestruturar o futebol do clube e, com todas as conquistas sob o comando de Marcelo Gallardo, abriu o caminho para que o River pudesse voltar aos momentos de glória. 

Atualmente no comando do San José Earthquakes da Major League Soccer (MLS), o treinador conhece a força do Cruzeiro. O responsável por comandar o River Plate de volta à caminhada das conquistas disse, em entrevista ao Superesportes, de Minas Gerais, que é preciso planejamento e união para que a Raposa possa superar esse triste momento da sua história. 

"A superação das dificuldades depende muito do treinador. Ele precisa entender rapidamente que o campeonato é outro. Com fé, união, tranquilidade, o apoio da diretoria, da torcida e um bom projeto, sairá dessa situação. Do contrário, vai ficar muito difícil. Quando se cai para a Série B da maneira que o River Plate e o Cruzeiro caíram, é preciso começar do zero", disse Matías Almeyda, que passou pelo River Plate em um período com profundos problemas. Estes semelhantes aos que enfrenta a equipe da Toca.