Antes da pandemia do novo Coronavírus e a consequente paralisação do futebol mundial, o Athletico-PR esteve perto de contratar um substituto para Marco Ruben. Felipe Vizeu estava com as malas prontas para desembarcar na Arena da Baixada, mas, de última hora - por conta de ordens da Udinese-ITA, clube que detém seus direitos econômicos -, mudou o rumo para o futebol russo, onde está atualmente.

Marcos Antônio saboreia fase no Shakhtar, mas CAP segue em evidência
Marcos Antônio saboreia fase no Shakhtar, mas CAP segue em evidência

Sem cessar a procura por um camisa 9, o atacante Walter surgiu como possibilidade e uma "missão" para o técnico Dorival Jr, que acatou a aposta do presidente Mario Celso Petraglia. Na última semana, o contrato de Walter com o Athletico foi formalizado e terá primeiramente duração de três meses, válido até o dia 6 de agosto. Assim, a procura por um camisa 9 chegou ao fim. 

 

 

Se vem contabilizando os reforços que chegam para o restante de 2020, o Athletico também vê suas joias ganhando o mundo afora. Bruno Guimarães, em pouco tempo de Lyon-FRA, já chama a atenção do Barcelona mesmo com o futebol totalmente paralisado na Espanha. Entra nesse seleto grupo também o meio-campista Marcos "Bahia" Antônio.

Revelado no CT do Caju, o volante de 19 anos vinha muito bem no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, quando as competições foram interrompidas pelo surto da Covid-19. Titular da equipe com direito à camisa 8, Marcos conversou com exclusividade com a nossa reportagem. É bem verdade que o atleta evitou discorrer sobre temas que envolviam sua saída do Rubro-Negro Paranaense, mas expressou seu carinho ao clube que o despontou para o futebol.

"Tenho um carinho pelo Athletico, porque foi o clube que me formou e me deu a base que precisava para seguir no futebol. É um clube que admiro e respeito muito", disse o jogador. A saída de Marcos Bahia, como é conhecido, do Athletico foi conturbada há cerca de dois anos. O atleta sequer assinou contrato profissional com o CAP - só tinha vínculo de formação.

 

A situação se tornou insustentável quando o presidente Petraglia comprou briga com a OTB Sports, empresa acusada pelo cartola de dificultar a manutenção do volante, então com 17 anos. Em julho de 2018, após treinar meses separadamente no CT do Caju, o meio-campista assinou com o Estoril-POR. Meses depois, desembarcou definitivamente na Ucrânia. Juntando-se aos outros 10 brasileiros do elenco, Marcos contou como foi a recepção dos companheiros.

 

 

"O Shakhtar é gigante e jogar aqui com certeza é um privilégio. Aqui no clube são 14 brasileiros, porém 2 se naturalizaram ucranianos (Júnior Moraes e Marlos). Tenho uma relação boa com todos eles e é sempre bom ter mais gente do seu país num clube estrangeiro, facilita bastante a adaptação", explicou Marcos Antônio.