O técnico Vanderlei Luxemburgo foi demitido do comando do Palmeiras na noite da última quarta-feira (14), após a derrota do Verdão para o Coritiba no Allianz Parque. Maurício Galiotte optou por mandá-lo embora pouco mais de 10 meses depois de sua chegada. Essa foi sua quinta passagem pelo clube, onde foi multicampeão e ídolo. Foram 36 jogos oficiais, 17 vitórias, 14 empates e cinco derrotas.
Seu trabalho também rendeu um título, o do Paulistão 2020. O presidente, juntamente com o dirigente Anderson Barros, concedeu entrevista na última quinta (15) e abordou alguns tópicos sobre possíveis nomes ventilados nos bastidores do clube. No momento, técnicos estrangeiros estão em alta, como Gabriel Heinze e Miguel Ángel Ramírez. De acordo com Galiotte, a parte ofensiva não deve ser o foco do clube, mas sim o processo da equipe como um todo.
“Uma situação que a gente atenda ao DNA do palmeirense. Atenda ao que está acontecendo no futebol. O futebol tem passado por mudanças. O Palmeiras, com a estrutura que tem, com todos os nossos atributos, nosso elenco, não podemos ficar fora desse momento do futebol. Temos que acompanhar a filosofia moderna de jogo. A avaliação é técnica, de performance, do que a gente vem apresentando. Não estamos evoluindo. Isso que faltou e que temos que fazer”.
Luxa, que já havia se posicionado logo depois da demissão, gravou um novo vídeo no seu canal oficial do YouTube. O treinador revelou estar descontente com a medida tomada pela direção e não deixou de cornetar Galiotte. Luxemburgo ainda falou sobre reforços que foram solicitados e nunca chegaram, o que causou irritação na torcida palmeirense. O técnico sempre conviveu com críticas pelo time não apresentar um bom futebol, mesmo com a sequência de 20 jogos de invencibilidade.
“Queria pontuar uma situação que aconteceu na coletiva do presidente Galiotte. Faltou coerência na fala quando ele diz que vai contratar jogadores para que o time tenha o DNA ofensivo. Tivemos reuniões, solicitei diversas contratações e elas não foram feitas”. Sem os resultados em campo, a pressão foi se tornando cada vez mais forte e, após três derrotas seguidas, contra Botafogo, São Paulo e Coritiba, o treinador não resistiu e encerrou sua passagem pelo Verdão.
