Para não aumentar a crise financeira que acontece no clube desde antes da pandemia, a diretoria do Santos entrou em acordo com os atletas para uma redução salarial de 30%. No fim das contas, o corte chegou a ser de 70% e gerou irritação nos jogadores, em especial, Marinho, que chegou a excluir as redes sociais após dizer que o Peixe lhe deve quatro meses de salário.

Jesualdo "dedura" planejamento do Santos
Jesualdo "dedura" planejamento do Santos

No entanto, a situação foi explicada pelo presidente do clube, José Carlos Peres. O mandatário reconheceu que há pendências com os atletas, mas se trata de direitos de imagem - não salários propriamente ditos. Sem treinos, jogos e, consequentemente, sem dinheiro, o Alvinegro enfrenta problemas para arcar com as despesas e quitar dívidas.

O Estado de São Paulo é um dos que ainda não permitiu que os clubes retomem as atividades em seus centros de treinamentos - bem possível que seja um dos últimos. Enquanto a liberação não acontece, o elenco mantém a forma física treinando em casa. Porém, o técnico do Santos, Jesualdo Ferreira, definiu quanto os atletas poderão retornar ao CT Rei Pelé.

"Nós vamos vamos começar no fim do mês. Vamos começar depois de dois meses e meio parados e isso está causando e vai causar problemas no futuro. No Brasil, era previsto que as coisas voltassem mais cedo, mas as coisas foram avançando. Neste momento, as metas e informações que nós temos é que será no dia 30 o fim desse bloqueio e o começo do trabalho", disse o treinador em entrevista ao Canal 11, de Portugal.

Em paralelo ao possível retorno dos treinamentos presenciais, a diretoria santista se desdobra para não perder nenhum jogador durante a paralisação. Inclusive, negocia a renovação contratual do zagueiro Lucas Veríssimo, que esteve recentemente na mira do Atlético-MG. O defensor chegou a ser sondado por times europeus.