O técnico Renato Portaluppi tinha um apreço pelo futebol de Ferreira, que chegou a ganhar chances na reta final de 2019 no Brasileirão. Recentemente, o Athletico sondou a situação para saber da chance de contratação por empréstimo. A Chape também caminhou no mesmo rumo, além de outras sondagens anteriores, como já havia ocorrido de um clube da Bélgica. Agora, foi o Goiás que mostrou interesse em buscar o jogador.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio.

 

 

 

Antes, as propostas esbarravam na vontade de Renato em utilizar o jovem de 22 anos. Porém, envolvido em uma disputa judicial com o Grêmio, o atacante vive situação delicada, e o clube não deve liberá-lo facilmente, tendo recusado o contato do clube goiano, segundo apurou o jornalista Bruno Soares, da Rádio Grenal. O jovem deu, pela primeira vez, sua versão dos fatos no polêmico impasse em sua renovação contratual.

 

 

Em entrevista ao Canal do Nicola, do jornalista Jorge Nicola, o jogador diz ter sido coagido pelo Tricolor, explicou a decisão de buscar a liberação na Justiça por conta de atitudes de alguns dirigentes e detalhou a intenção de ter parte do seu percentual para uma negociação futura.

 

 

Segundo ele, negociava a renovação contratual desde janeiro, mas as propostas do Grêmio não envolviam aumento salarial. No entanto, o que mais o incomodou foi não receber parte dos seus direitos econômicos para lucrar em uma negociação futura. O Tricolor possui 80% dos direitos do atacante, enquanto a escola conveniada que revelou o atleta em Dourados, no Mato Grosso do Sul, tem os outros 20%.

 

— A gente brigou para ter uma porcentagem e o Grêmio não queria ceder. Se eu fosse vendido, a escolinha ganhava 20%, o Grêmio 80% e eu chupava dedo. Quando a gente fazia contraproposta, eles só falavam que não e ficava tudo parado. Quando vê, o Grêmio chegou em mim e falou: "ou renova ou está fora da Libertadores". De um dia para o outro. Não tem como decidir sua vida em 24 horas. Me deixaram contra a parede — destacou Ferreira ao jornalista Jorge Nicola.