O Fluminense decepcionou seus torcedores no último meio de semana. Atuando longe de casa, a equipe carioca, mesmo depois de vencer no jogo de ida, foi eliminado pelo Atlético-GO da Copa do Brasil. A derrota pelo placar de 3x1 irritou os tricolores, que passaram a pedir a saída do técnico Odair Hellmann. O comandante, entretanto, não é visto como culpado pelo vice-presidente geral do clube.

FOTO: LUCAS MERÇON/FLUMINENSE FC/DIVULGAÇÃO
FOTO: LUCAS MERÇON/FLUMINENSE FC/DIVULGAÇÃO

Após a inesperada queda na Copa do Brasil, Celso Barros, que foi afastado de diretoria, isentou o comadante e classificou o presidente como responsável pelo momento do time. "O culpado maior não é o Odair, o grande culpado é o Mário (Bittencourt). Odair hoje no Brasileiro está em 10º, um aproveitamento muito melhor que o Diniz na época. Pode ser até que para frente piore, mas o Odair é produto do elenco que entregaram a ele", disse.

"Se quiser discutir técnico, contratação de A ou B, vide os atletas do Cruzeiro rebaixado que vieram, que se discuta. Mas o Mário foi o grande responsável pelo elenco, assumiu o futebol sozinho, descartou um acordo politico que existia entre eu, ele e o grupo dele. E infelizmente o resultado está sendo bem ruim", adicionou, em entrevista ao site Globoesporte.com.

O ex-presidente da Unimed, que patrocinou o Fluminense por 15 anos, listou alguns erros que já observou na atual gestão.  "Alguns conceitos devem ser mudados. Está circulando um vídeo em que o Mário pede para o Miguelzinho e o Nenê cantarem "Mário Bitcoins", aí eles cantam. O Mário se exibe na FluTV. O canal de comunicação serve em parte para promover o presidente do clube, acho um equívoco (...) Também acho desnecessárias essas coletivas longas, não vejo valor maior para o clube", avaliou.

"Tem que acabar com isso "time de guerreiros". Isso foi criado em 2009, foi um momento. Se fosse realmente time de guerreiros não teria essa atuação nesses dois jogos (contra o Atlético-GO). Futebol não pode ficar rotulado", adicionou Barros, que lamentou o fato de a base de Xerém não ser focada em render resultado no profissional, mas sim trazer retorno financeiro.

"O Fluminense tem que dar uma repaginada na estrutura do futebol do clube (...) Nem cheguei a combater nada, quando ele viu que eu seria um problema para ele armou essa história de me tirar lá do futebol. Queria pedir desculpas a quem acreditou no projeto do futebol que não deu certo. Pode ser que mude, e tomara a Deus que mude, mas é difícil mudar da forma como é administrado", completou.