Pela terceira vez na história, o Botafogo terá que disputar a Série B do Campeonato Brasileiro. Na edição de 2020, o Glorioso, bicampeão nacional - com títulos em 1968 e 1995 -, é o atual lanterna da competição com apenas 24 somados, com quatro vitórias em 35 jogos. Para se ter uma ideia, o time só venceu 12 jogos em toda a temporada e, nesta segunda-feira (08), tomou de 5 a 2 do Grêmio, em pleno estádio Nílton Santos.

Foto: Reprodução / SporTV
Foto: Reprodução / SporTV

Para piorar, o Botafogo atravessa a pior fase financeira em mais de 120 anos, com dividas chegando à casa de R$ 1 bilhão. O novo presidente Durcésio Mello tenta desesperadamente viabilizar o processo de S/A para profissionalizar o futebol no clube. Obviamente que a crítica situação do Alvinegro é um prato cheio para os rivais, especialmente os flamenguistas.

Nesta segunda, após a goleada do Grêmio sobre o Botafogo, o comentarista Caio Ribeiro lembrou de uma história quando ainda jogava profissionalmente. Entre 2004 e 2005, o então atacante defendeu as cores do Glorioso e levou o clube à Copa Sul-Americana, que o clube não disputava havia 10 anos.

Só que na voz de Caio, as lembranças não eram tão boas exatamente pela situação precária que o clube já enfrentava há 15 anos. "Quando eu fui contratado pelo Botafogo e fui assinar o meu contrato, o Botafogo não tinha pago a conta de luz e eu não pude assinar no clube. Então, eu tive que ir assinar no Shopping. E ali me assustou um pouco", contou o ex-atacante, arrancando piadas dos rubro-negros na web.

"Caramba, será que é isso? Talvez seja um acidente de percurso, alguém esqueceu de pagar. E aí nesses dois anos, e falo com muito carinho, porque foi o último clube que joguei no profissional, eu entendi um pouco do que acontece no Botafogo 15 anos depois. Salários atrasados, troca constante de treinadores, falta de assumir a responsabilidade... O Botafogo precisa de um choque de gestão", continuou o hoje comentarista da TV Globo.

Enquanto o Botafogo amarga mais um ano na Série B, o Flamengo continua na briga pelo título brasileiro. O empate com o Red Bull Bragantino, no último domingo (07), evitou o time de Rogerio Ceni ultrapassar o Internacional, que se mantém líder com um ponto à frente (66 a 65).