O Cruzeiro luta para se reconstruir em Belo Horizonte após o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro. A diretoria tem trabalhado neste início de ano para resolver a situação de jogadores que recebiam altos salários por mês, já tendo confirmado acordos para permanências e algumas saídas. Apesar das dificuldades financeiras, o clube garante aumento nos investimentos para retornar à principal divisão do país.

Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro/Divulgação
Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro/Divulgação

Até o momento, o Cruzeiro gasta R$ 2,2 milhões por mês na disputa do Campeonato Mineiro e da Copa do Brasil. Para disputar o Brasileirão, o valor da folha salarial deve subir em cerca de R$ 800 mil com a chegada de reforços. O diretor de futebol do clube, Ocimar Bolicenho, abriu o jogo com relação ao planejamento do Cabuluso, que terá um dos maiores gastos da Série B de 2020.

"O Cruzeiro, ano passado, tinha folha de R$ 15 milhões. Nós hoje estamos com uma folha de R$ 2,2 milhões. Pretendemos jogar a Série B com uma folha de R$ 3 milhões. É um quinto do que estava sendo praticado. Mas, mesmo assim, garanto que é uma cinco maiores folhas da Série B. No Londrina (rebaixado à Série C), era de R$ 400 mil", disse o dirigente, em participação no programa "Bem, amigos!", do SporTV.

"Com muita humildade de saber onde está e de ficar de olho no mercado para montar um time de Série B. Cruzeiro precisa de time Série B para subir, não de Série A. Time de Série B é com jogadores de características diferentes. A Série B é mais competitiva e aguerrida, ela é mais força do que técnica. Os campos são diferentes, a estrutura do time é diferente. Vi muitas equipes jogarem com time de Série A e terem muitas dificuldades na Série B. Tem de ser talhada para jogar a Série B", completou.

Na Série B, o Cruzeiro terá uma redução drástica nos valores referentes a direitos de transmissão, segundo explicou o site Superesportes. Depois de receber R$ 53,5 milhões em 2019, sendo R$ 22 milhões de cota fixa, R$ 12 milhões da TV aberta e R$ 19,5 milhões em pay-per-view, o clube terá que escolher entre a cota fixa, de R$ 8 milhões, sendo R$ 6 milhões líquidos e o restante em logística, e o pay-per-view, que varia de acordo com o número de assinaturas da torcida.