O goleiro Jean está preso nos Estados Unidos. O atleta do São Paulo foi detido após ser acusado de ter agredido a própria esposa na madrugada desta quarta-feira (18). A ficha do goleiro, inclusive, já aparece no sistema do Departamento de Correções do Condado de Orange, na Florida. A notícia repercutiu no Brasil e os torcedores são-paulinos cobraram uma postura dos dirigentes do clube paulista. 

(Marcello Zambrana/Gazeta Press)
(Marcello Zambrana/Gazeta Press)

Após pressão, a diretoria do Tricolor se reuniu na tarde de hoje (18) para decidir o que fazer diante de toda essa situação. De acordo com o portal Globoesporte.com, o goleiro não deve vestir mais a camisa do SPFC: os diretores decidiram optar por uma rescisão contratual e já estão conversando com o empresário do atleta para dispensá-lo de forma oficial. O vínculo do jogador é valido até dezembro de 2022. 

A diretoria do São Paulo também planeja publicar uma nota repudiando as agressões e divulgando o rompimento de contrato com o arqueiro. No registro divulgado pela Polícia da Florida, foi explicado como aconteceu a prisão de Jean. (Tradução feita pelo Globoesporte). 

Em 18 de dezembro de 2019, aproximadamente às 4h35, eu, Xerife Adjunto Edgar Castillo fui acionado por causa de um caso de violência doméstica. Eu encontrei com (...) e Jean Fernandes. Jean foi considerado o agressor e preso por violência doméstica.  

 

(...) Assim que cheguei ao local, a segurança do hotel já estava lá e me direcionou a (...). Quando cheguei a (...) um homem branco (Jean Paulo Fernandes) e uma mulher branca vieram à porta. Notei que a face (...) estava inchada e com hematomas abaixo dos olhos. Jean também tinha um pequeno hematoma na testa. Ao tentar falar com os dois, Jean não estava colaborando e foi preso com algemas durante minha investigação. Por estar com algemas, eu li a ele seu Direito de Miranda (advertência dada a um suspeito quando está sob custódia da Polícia dos EUA) antes de lhe questionar sobre o incidente. 

Então eu falei com (...), que me disse tanto verbalmente quanto num testemunho escrito, sob juramento. (...) disse que ela e Jean estavam discutindo no quarto e ela estava tentando acalmar Jean porque (...). Eles foram ao banheiro discutir, mas (...) quis ir para a cama. Quando (...) foi para cama, Jean a seguiu e a empurrou na direção da cama. Ele então subiu nela e deu três socos no rosto dela. (...) Me disse que ela pegou a chapinha e acertou Jean na cabeça como autodefesa. A chapinha quebrou quando acertou a cabeça de Jean. Os dois ficaram de pé, e Jean continuava sendo agressivo com ela. Jean então partiu para cima dela de novo, então ela arremessou a chapinha nele, acertando-o na perna e cortando-a. 

(...) tentou deixar o quarto, mas Jean a segurou pelo cabelo e a levou ao banheiro, onde ele a socou no rosto mais cinco vezes. (...) Ela não quer processá-lo quanto a este incidente. (...) Ela preencheu um formulário e recebeu um cartão com o número do caso relativo ao incidente. Eu falei com (...) quando eles se acalmaram. Ambos me contaram versões similares na qual viram... (Jean) socou (...) no rosto. Fotos de (...) e lesões de Jean foram colhidas como evidência. 

(...) recebeu atenção médica no local, e Jean foi levado ao Dr. Phillips hospital para ter seus ferimentos tratados. Baseado na minha investigação, além de depoimentos e observações na cena, estabeleci como provável acreditar que Jean foi o agressor primário no incidente e intencionalmente causou ferimentos no corpo de (...). Porque Jean e (...) constitui violência doméstica. Além disso, os ferimentos que Jean recebeu foram de (...) agindo em autodefesa, e a ela não foi imputado nenhum crime. Jean foi transportado para a Prisão de Orange County sem incidentes. Ele não quis notificar o Consulado Brasileiro.