Se baseando em relatório da Polícia Militar, o Ministério Público enviou um ofício à FPF (Federação Paulista de Futebol) recomendando que o duelo entre Palmeiras e Flamengo, marcado para domingo, às 16h (de Brasília), em São Paulo, pela 36ª rodada do Brasileirão, seja com torcida única. O trâmite seguinte seria a FPF encaminhar o ofício à CBF, para que a entidade maior do futebol brasileiro acate ou não o pedido.

ALLIANZ PARQUE
© Levi Bianco, � Levi BiancoALLIANZ PARQUE

"Em partidas anteriores, ocorreram confrontos entre as torcidas do Flamengo e Palmeiras, como no dia 05/06/2016, no estádio 'Mané Garrincha', em Brasília, restadno diversos torcedores detidos e feridos, sendo um flamenguista internado em estado grave, e no dia 27/10/2018, nos arredores do estádio do Maracanã, em que um ônibus de torcedores palmeirenses foi atacado e um torcedor do Palmeiras foi socorrido de ambulância ao pronto-socorro" - diz o ofício.

No primeiro turno, em jogo disputado no Maracanã, houve a presença de palmeirenses sem o registro  de qualquer incidente.

Essa história nada agradou o Flamengo e seu departamento jurídico, que já se movimenta para garantir a presença dos seus torcedores no Allianz Parque. O vice-presidente geral e jurídico do Fla, Rodrigo Dunshee de Abranches, considera a medida injusta e ilegal, e sugere que a partida seja com portôes fechados.

"Em última instância, tomando o princípio da reciprocidade e legalidade, que seja um jogo de portões fechados. Se o Palmeiras não consegue segurar a torcida deles, nem a polícia, tem que ser feito de portões fechados. Caso a CBF acate por segurança, que seja com portões fechados." - disse Dunshee.

Para Rodrigo Dunshee, o fato do estado de São Paulo ser maior e mais "rico" que o Rio de Janeiro, deveria significar que a Polícia Militar consiga conter os torcedores em um evento esportivo e cita o regulamento do Brasileirão, que garante carga mínima de 10% para os visitantes.

"Primeiro, o regulamento do Brasileiro prevê 10% da carga aos visitantes. É o princípio da legalidade. Segundo, a questão da reciprocidade que é utilizada no futebol. No jogo do turno, eles tiveram ótimo tratamento no Rio, a polícia soube controlar e não houve incidente. Causa espanto que a torcida de São Paulo, uma estado maior e mais rico que o Rio, não possa controlar 4 mil pessoas. E terceiro por conta do futebol: as torcidas fazem parte do espetáculo." - destacou o vice.

Ainda sem definição por parte da CBF, o já campeão Flamengo vai à São Paulo para seguir pontuando e quebrando recordes do Nacional.