A vida financeira dos clubes brasileiros serão extremamente impactadas em virtude do período sem jogos, logo, sem receitas de bilheteria, venda produtos oficiais caindo drasticamente, sem premiação de campeonatos, dentre outros fatores. Sem dinheiro, também cresce a dificuldade para vender e contratar atletas. A situação do Atlético-MG não foge disso.

Sette Câmara não perdoa declaração de Arana
Sette Câmara não perdoa declaração de Arana

O presidente do clube, Sérgio Sette Câmara, terá de "quebrar a cabeça" para encontrar uma solução que não prejudique tanto a instituição, mas não atinja diretamente os funcionários. A tarefa não é nada fácil e o mandatário confirmou que havera cortes e reduções em todos os setores possíveis, até mesmo no elenco.

"Vamos ter que fazer alguns ajustes também na nossa folha com algumas pequenas demissões. Infelizmente não tem jeito. Cada área do clube vai ter que ter reajuste, estou falando dos clubes de lazer, alguma coisa no CT, alguma coisa até no elenco se for o caso, alguma coisa na sede, nós temos que buscar ao máximo possível enxugar a folha sem comprometer o clube", disse Sette Câmara, nesta segunda-feira (30), em entrevista à Rádio 98FM.

Não há previsão para que o futebol retorne ao seu estado normal ou, pelo menos, inicie com portões fechados. Por conta disso, foi aprovado pela maioria a redução em 25% nos salários dos jogadores e férias de 20 dias valendo a partir  do dia 1° de abril. A decisão ocorreu após reunião com a Comissão Nacional de Clubes (CNC).

Perguntado sobre possíveis reclamações de atletas devido ao corte, Sette foi enfático. "Em primeiro lugar eu penso em defender o clube, eu não fico muito preocupado se o atleta ou funcionário chiou ou não chiou. Quem não estiver satisfeito, pode comunicar que faremos o desligamento. O primeiro plano é defender o Atlético", concluiu o presidente. Na última semana, Guilherme Arana declarou não concordar com a redução do salário dos jogadores.