Ação judicial movida pelo meio-campista Maicon cobrando o São Paulo por renumeração referente a adicional noturno, feriados e domingos ganhou grande repercussão e agitou do Tricolor Paulista. A diretoria são-paulina já recorreu da decisão e se diz confiante para o cenário ser revertido. Ao Lance!, o gerente de futebol do SPFC, Alexandre Pássaro, fez duras críticas ao jogador

Divulgação/São Paulo
Divulgação/São Paulo

 

A gente só lamenta profundamente e, ao mesmo tempo, também se preocupa que apareça uma maior quantidade de ações desse tipo, porque ela é simplesmente descabida dentro do nosso ambiente do futebol. E talvez um ou outro juiz que analise isso friamente, sem entender a complexidade e a diferença do futebol, possa dar decisões como essa”. 

O dirigente seguiu lamentando a postura do ex-atleta do clube: “Essa ação já existe há um tempo. O que foi julgado agora foi o recurso dela, e o São Paulo lamenta uma ação cobrando esse tipo de coisa. A gente não pode falar muito da ação do Maicon, porque ela está em segredo de Justiça, mas como ele já falou a gente fica um pouquinho mais à vontade. Não há, na ação dele, qualquer pedido de valores atrasados, seja de salários ou de imagem. O que tem na ação é um pedido de diferença de direito de arena, que ele não ganhou, de horas extras, que ele não ganhou, de adicional noturno, que ele ganhou, ou seja, ele vai ganhar um adicional pelos dias que trabalhou depois das 22h, e de descanso semanal remunerado, ou seja, precisa ganhar em dobro nos feriados que ele trabalhou, seguindo a regra comum”. 

 

Alexandre Pássaro também lembrou que os atletas ganham um salário elevado por conta do alto valor envolvendo os direitos de transmissão. O cartola são-paulino ressaltou mais uma vez que se surpreendeu com o motivo da ação e não vê sentindo na cobrança feita pelo atual meia do Grêmio. 

 

 

O que mais nos surpreende é que esses jogadores só ganham três dígitos de salário porque a televisão paga altos valores pelos direitos de transmissão, inclusive eles têm 5% disso pelo direito de arena. Então entrar pedindo um adicional noturno além disso, para a gente que sabe que no mundo inteiro o futebol é disputado também à noite e também em feriados, surpreende. A gente espera que isso não vire comum, porque ao passo que o São Paulo foi processado pelo Maicon talvez o Grêmio também seja, porque no Grêmio ele continua jogando à noite e continua jogando aos feriados. Então criaria um passivo e uma imagem não muito boa para os clubes que querem contratar jogadores com esse histórico de ações”.